domingo, 27 de abril de 2008

Liberdade de Imprensa x Controle Público


Cerca de 50 jovens provenientes de vários estados do Brasil, participam em Brasília nos dias 26 e 27 de abril do Encontro de jovens comunicadoras e comunicadores, que farão a cobertura da 1ª Conferência Nacional de Políticas para Juventude.

E o primeiro dia de trabalho dessa galera foi marcado por uma importante discussão sobre as pautas das políticas publicas de comunicações no Brasil. Para Carol Ribeiro do Intervozes, é necessário se construir uma base social em relação à comunicação no Brasil.

Um dos focos de discussão foram às lacunas existentes entre a mídia e a democracia. O modelo de apresentação de mídias públicas no Brasil é caracterizado pelo controle de oligarquias políticas regionais e pela concentração do poder nas mãos de poucos grupos controladores do espectro de freqüências.

Para Carol, o excesso de intervenção estatal na TV pública não garante a democracia e regionalidade. Ao invés disso, o governo centralizam suas verbas de campanhas em grandes veículos de comunicação, as quais poderiam ser utilizadas em veículos de mídia alternativa, como rádios comunitárias. Veículos estes que garantem vez e voz a essa diversidade de público existente, muitas vezes estigmatizados pela grande mídia, e que necessitam ser fortalecidos.

Diante dessa problemática se destacam a violação dos Direitos Humanos, principalmente no que diz respeito à imagem das mulheres, em especial as jovens. Um grande exemplo é a exploração do corpo da mulher como produto pela publicidade e propaganda, uma forma de violência que se manifesta tão sutilmente que, às vezes não a identificamos como tal. A ausência de um controle público efetivo a esse tipo de programação e conteúdo, leva os movimentos de comunicação e movimento feminista a um constante questionamento sobre os limites da liberdade de imprensa, “...que seja para todos. Garanta o nosso direito à comunicação, que a gente discute de igual para igual.” Diz Carolina.

O edital de financiamento a comitês de acompanhamento destes conteúdos exibidos, criado pela secretaria nacional de Políticas públicas para as Mulheres e, a criação de um grupo de comunicação social responsável por executarem denúncias e levarem ao Ministério Público, são resultados dessa incessante luta da sociedade civil organizada.


Ta na Mão:
http://www.intervozes.org.br/
http://www.proconferencia.com.br/

Por: Camila Florêncio e Camila Galdino

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