segunda-feira, 28 de abril de 2008

Delegados fazem um breve balanço do que foi o processo pelo país a fora

Foram oito meses de conferência, mobilizando pelo menos 400 mil pessoas em todo país. Nesse caminho muita coisa aconteceu, se construiu. Num processo democrático, mas muitas vezes com suas falhas de aprendizado, em todo país se discutiu sobre juventude e se buscou unir os diferentes numa mesma sala para conversar e levantar prioridades. Exercício difícil para todos: Governo Federal, governos locais, jovens em suas múltiplas expressões, organizações e movimento social, mas também valoroso.
Para a Secretaria Nacional de Juventude, a Conferência superou as expectativas de forma bastante positiva. Segundo Danilo Moreira, secretário-adjunto da SNJ, essa é a maior conferência promovida pelo Governo Federal em participação da sociedade civil. Apesar da novidade do tema dentro do Estado brasileiro, a conferência dá uma importante contribuição na visibilidade das questões fundamentais dos jovens brasileiros. As conferências livres marcaram uma inovação e uma forma alternativa de alcançar públicos que dificilmente fariam parte do processo nas estratégias mais tradicionais, como jovens presidiários, residentes em comunidades mais tradicionais, regiões de acesso mais complicado entre outros. Outra riqueza foi o estímulo aos governos locais a discutirem juventude. Em muitos estados e municípios, estão surgindo conselhos, coordenadorias, secretarias. A expectativa agora é fazer disso uma política pública mais duradoura.
Lucivaldo Lopes é delegado pelo estado do Maranhão e membro do Conselho Estadual de Juventude por lá, o processo surpreendeu por ir além do esperado. Lá foram promovidas 38 conferências municipais, além de realizadas as etapas regionais, com a promoção do Conselho e da recém criada Secretaria Estadual de Esporte e Juventude. Outro destaque é a forte diversidade do processo no estado, conseguindo fazer um apanhado das vozes dos mais diferentes jovens.
Elis dos Santos, delegada pelo município de Feira de Santana (Bahia), avalia de forma positiva o processo, acreditando no potencial democrático de sua realização, além de reconhecer o seu caráter histórico: “a conferência é um primeiro passo para a juventude fazer parte das decisões do país, tendo voz, expressando a sua realidade”. A jovem observa que embora a busca pela atuação democrática, não deixaram de ocorrer práticas verticais e desorganização. De qualquer sorte, os tropeços não deixaram que a conferência tivesse o seu valor em impactar no primeiro passo para discussão de políticas públicas de juventude no estado, que até então não demonstrava muita sensibilidade para as temáticas juvenis.
Participante ativo das discussões sobre políticas de juventude, Isaque Menezes, membro da REJUMA – Rede de Jovens pelo Meio Ambiente, acha que a importância da conferência no país e em seu estado foi dar o ponta-pé inicial para a institucionalização do debate em torno dos direitos da juventude brasileira. “Todo esse processo é importante por afirmar a existência dessas discussões e por trazer para o estado, as demandas dessa juventude” afirma.
Ele acredita que todo o processo dá algumas pistas bastante importantes. Dentre elas, o desejo dessa juventude participar politicamente de uma forma diferenciada dos modelos tradicionais e de práticas partidárias. “A juventude está cansada das práticas políticas velhas, viciadas, que já não representam mais essa geração” afirma. Em sua opinião é fundamental ser cauteloso na avaliação do processo: “vejo que existe um entusiasmo muito grande em algo que depois pode gerar frustração, o que é muito perigoso. Todo o movimento de juventude está voltado para esse processo, mobilizado para isso, mas é preciso considerar que se não for criado um marco regulador para as políticas de juventude, toda essa riqueza cai por terra e tudo isso fica marcado apenas como uma política de governo”. Ele reforça a importância da aprovação das leis que garantem a compreensão da juventude como sujeito de direitos e a continuidade desses processos de escuta, além é claro, da efetivação de tudo que está sendo proposto.
Representante da juventude trabalhadora no Conjuve, através da União Geral dos Trabalhadores, João Marcos Vidal, acabou ficando de fora da Conferência Estadual em São Paulo, por estar impossibilitado pela dengue, mas acompanhou todo o processo e está participando da etapa nacional como delegado pelo conselho. Sua avaliação é do fortalecimento dos movimentos de juventude nesse processo e seu objetivo é buscar a sensibilização da classe sindical para as temáticas de juventude. A bandeira da classe trabalhadora na Conferência é a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas. Para isso, um abaixo-assinado deverá circular e colocar em pauta essa discussão.
Por Mônica Santana.

Um comentário:

Anônimo disse...

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