sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

É muita Nóia



Pra quem pensa que a produção universitária brasileira não tem espaço, é por que ainda não conhece o "Nóia". Na sua 6ª edição, o Festival Brasileiro de Vídeos Universitários é um espaço destinado à divulgação e discussão da produção audiovisual de alunos e alunas das universidades brasileiras. O tema desse ano é “Cidade E Suas Nóias: O Audiovisual E O Urbano”.
O "Nóia" como assim é chamado por trazer em cada nova edição, produções independentes e que foge da mesmice dos cinemas tanto nacional como internacional. Documentário, animação, vídeo clipe e ficção são os tipos de produtos que serão apresentados durante a Mostra.
O Festival ocorre no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar, do dia 03 ao 08 de dezembro. Nesse ano, foram inscritos 170 trabalhos de todo o país e, destes, 28 foram selecionados para serem exibidos durante o Festival. O Ceará está sendo representado por seis vídeos.
Durante o evento também acontece a 2ª Mostra NÓIA de Fotografia Universitária na passarela do Dragão do Mar. Além disso, há oficinas, debates, discussões e muita troca de idéias.


Por Clarissa Diógenes e Rones Maciel



Segue abaixo a entrevista realizada com Virna Paz, diretora de produção do Festival.



Nóia, espaço para conhecer e discutir o audiovisual



Vira Ceará: Diz aí pra gente como surgiu o "Nóia"?
Virna Paz: O "Nóia" surgiu quando nós éramos estudando do curso de comunicação social da Universidade Federal do Ceará (UFC) e tínhamos vontade de trabalhar com cinema. Então eu, o Júnior e o Paulo nos reunimos e produzimos o nosso primeiro filme. Foi uma ótima experiência, pena que não fomos selecionados para o Cine Ceará, único festival que abria espaço para vídeos amadores e profissionais na época. O Nóia surgiu com o objetivo de divulgar e discutir o que é produzido nas universidades. Desde a primeira edição, o Festival é de âmbito nacional e sempre recebe trabalhos de todo o país.

Vira Ceará: Por que "Nóia"?
Virna Paz: A gente queria um nome curto e que desse identidade ao festival. Não adiantava fazer um evento que tem uma proposta diferenciada e tem como característica principal a ousadia e com um nome formal e careta. "Nóia" de "Paranóia". Nesse sentido positivo de realmente ser uma coisa da sua cabeça. A "Nóia" que você tem e pode transmitir a outras pessoas.

Vira Ceará: Como você avalia as seis edições do Nóia?
Virna Paz: Eu acho que o Festival cresceu da maneira correta, dando passos pequenos e significativos. Nós somos o primeiro Festival universitário nordestino e já podemos ver alguns frutos desse trabalho, como é caso dos cursos de cinema que estão surgindo no nosso estado.

Vira Ceará: Por ser um festival de produções independentes como você fazem para conseguir os parceiros?
Virna Paz: Na primeira edição, nós começamos sem saber fazer absolutamente nada, inclusive como lidar com a captação de recursos. A gente começou dando um passo arriscado, pois íamos realizar o projeto sem ter recursos para isso, porém nós contamos o apoio do professor do curso de Comunicação Social da UFC, Silas de Paulo. Ele nos ajudou bastante e apresentou a vários parceiros. Hoje em dia, depois de muito trabalho estamos conquistando o nosso espaço e a credibilidade de mais parceiros. Nesse sexto ano de festival nós fomos o único projeto em audiovisual contemplado pelo edital da Petrobras. Isso significa não só um crescimento interno, um crescimento local, mas também um reconhecimento nacional da importância do "Nóia".

Vira Ceará: Pra finalizar, gostaríamos que você deixasse uma mensagem e um convite para o público que virá prestigiar e participar do Festival.
Virna Paz: Eu quero deixar um convite às pessoas: O "Nóia" é um espaço muito interessante, onde as pessoas tem vez. O público tem oportunidade de ver produções diferentes e ter uma consciência crítica em relação ao audiovisual. Somos um Festival aberto. Adoramos o calor humano das pessoas.


Mais informações: www.festivalnoia.com



Por Rones Maciel

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