quinta-feira, 13 de março de 2008

Quem não arrisca não petisca

Medo, antes de tudo, é não ter autoconfiança. A pessoa que tem medo de enfrentar o mundo, medo de enfrentar outras pessoas, medo de falar e medo de não ter medo não confia no seu pensar, não confia nas suas próprias idéias, não confia no seu taco. E é lógico que, quando eu falo em enfrentar, não estou me referindo a uma luta armada nem em espancamentos. Alías, estou. Claro que com outro tipo de interpretação, pois a palavra é a única arma capaz de derrubar milhões de pessoas sem dar um tiro.
Como diz Gabriel O Pensador, “o medo é uma forma de fazer censura”. Censura, sim. Existe censura mais idiota que a censura do próprio ego? Liberdade não é poder andar pelas ruas sem algemas. É poder e saber fazer com que o mundo conheça suas idéias. Sejam elas benéficas ou maléficas, precisam ser postas para fora a fim de que ocorra uma análise pelos membros da sociedade. Dessa análise virá o julgamento, dizendo se vale a pena ou não o estudo e aprofundamento delas.

Acontece que, na sociedade atual, os membros que compõem a maioria desta estão deixando que esse julgamento aconteça apenas nas classes sociais mais favorecidas. Como conseqüência, os componentes desta minoria aprovam somente os pensamentos que lhes trazem benefícios, esquecendo e excluindo, assim, grande parte dos que têm medo de enfrentar esses “juízes”.
A apatia, a inércia diante dos fatos que envolvem o nosso país é a principal conseqüência do medo o qual virou epidemia nacional. A culpa de todas essas crises que o Brasil passa não é apenas dos políticos. É NOSSA também, principalmente, NOSSA, que assistimos a tudo bestializados.
É preciso que haja uma maior distribuição do remédio milagroso para curar o povo dessa doença tão prejudicial ao mundo. Esse remédio se chama Palavra. A partir do momento que alguém passa a ter noção das coisas que acontecem ao seu redor, a pessoa tende a mobilizar-se se tiver conhecimento ao menos de uma forma de se expressar.
Não existe genérico nem vacina capaz de substituir a Palavra, porque ela é única, insubstituível. Podem te prender, podem te espancar, podem levar sua carteira, mas não podem roubar seus pensamentos. Por isso, a educação é o tratamento. Vale lembrar que não me refiro ao medo de uma barata, mas sim do mundo. Você é o que você faz, então, FAÇA! Não tenha medo.

Um comentário:

Talita disse...

Parabéns pelo artigo, Marcos!!
Muito bom... =)
Aliás, gostei muito do blog como um todo...
Beijos a tod@s!!